De acordo com o presidente chileno, a sentença do TSJ venezuelano foi acolhida com entusiasmo pelo regime de Maduro, marcando um momento de infâmia. Boric afirmou que o governo venezuelano falsifica eleições, reprime quem pensa diferente e é indiferente ao êxodo de venezuelanos, comparável apenas ao da Síria como resultado de uma guerra. Pela primeira vez, Boric chamou o governo de Maduro na Venezuela de “ditadura”, uma referência que havia evitado até o momento, descrevendo-o anteriormente como um regime com deriva autoritária.
A certificação dos resultados da eleição presidencial de 28 de julho de 2024 pelo TSJ foi contestada pela oposição, que alega ter vencido as eleições. A oposição liderada por María Corina Machado afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu com 67% dos votos e divulgou atas para provar a vitória, enquanto o chavismo acusa o material de ser “forjado”.
A situação na Venezuela continua sendo motivo de preocupação para líderes latino-americanos, como Boric, que se posicionou de forma crítica em relação ao governo de Maduro. O reconhecimento das eleições questionadas pelo TSJ venezuelano trouxe à tona novamente a questão da legitimidade do governo de Maduro e a qualidade da democracia no país. A pressão internacional sobre a Venezuela e as controvérsias em torno do processo eleitoral continuarão sendo temas de debate e análise nos próximos dias.