UERJ propõe medidas de transição para encerrar protestos estudantis após quase quatro semanas de ocupação na universidade.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) passou por quase quatro semanas de protestos e ocupações estudantis, culminando em uma proposta de negociação para encerrar os protestos que ocorreram devido a medidas que afetam a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Os estudantes exigem a revogação de um Ato Executivo de Decisão Administrativa que limita o acesso a esses benefícios, gerando insatisfação e mobilização por parte dos alunos.

A ocupação da reitoria da Uerj começou em 26 de julho e se estendeu para o Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio do campus Maracanã. Com isso, as aulas foram suspensas, afetando cerca de 35 mil alunos, de acordo com a reitoria da universidade. Os estudantes pedem a revogação do Ato Executivo que condições mais rígidas para a concessão de benefícios, excluindo cerca de 1,2 mil estudantes que deixaram de se enquadrar nos critérios estabelecidos.

Em resposta às demandas dos estudantes, a Uerj propôs medidas de transição, incluindo a concessão de um valor mensal de R$ 400 até dezembro de 2024 para os alunos que perderam o direito à Bolsa de Apoio à Vulnerabilidade Social. Além disso, a proposta envolve a ampliação da gratuidade no Restaurante Universitário para alunos que se enquadram nos novos critérios de assistência até o final deste ano.

A criação de um grupo de trabalho para revisar casos de alunos não contemplados com bolsas de permanência devido à documentação incompleta ou não cumprimento das condições estabelecidas à época de sua entrada na universidade também está prevista na proposta da Uerj. As medidas estão sendo avaliadas pelos estudantes, que estão realizando assembleias para discutir os próximos passos a serem tomados em relação às negociações com a universidade.

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