Caso de poliomielite em Gaza preocupa OMS; vacinação urgente é necessária para conter propagação do vírus e garantir segurança pública.

A recente confirmação do primeiro caso de poliomielite na Faixa de Gaza em 25 anos tem gerado preocupações entre autoridades de saúde e organizações internacionais. O bebê de 10 meses, residente na cidade palestina de Deir al-Balah, não havia recebido nenhuma das doses da vacina contra a doença, popularmente conhecida como paralisia infantil. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, manifestou sua séria preocupação com o caso, enfatizando a importância da vacinação para evitar a propagação do vírus.

O sequenciamento genômico confirmou que o vírus está ligado à variante do poliovírus tipo 2, previamente detectada em amostras ambientais. O diretor-geral ressaltou que a criança afetada está em situação estável, mas o risco de propagação do vírus na região é alto. Em resposta a essa situação alarmante, o Ministério da Saúde Palestino, em conjunto com a OMS e o Unicef, estão organizando duas rodadas de vacinação contra a pólio nas próximas semanas.

A OMS também fez um apelo por uma trégua humanitária em Gaza, a fim de permitir a realização das campanhas de vacinação de forma segura. Mais de 1,6 milhão de doses da vacina oral serão entregues na região, e equipes de profissionais de saúde foram mobilizadas para garantir uma cobertura vacinal de pelo menos 95% durante cada rodada da campanha.

A situação atual representa uma grave ameaça para a saúde pública na região, dada a redução da imunidade das crianças, causada por interrupções na vacinação de rotina e outros fatores. A OMS destaca a importância de um cessar-fogo para garantir a segurança da saúde pública não apenas em Gaza, mas também em países vizinhos.

É fundamental que a comunidade internacional se una para apoiar as ações de vacinação e prevenção contra a poliomielite na região, a fim de conter a propagação do vírus e proteger as crianças vulneráveis. A colaboração entre agências de saúde e autoridades locais é essencial para evitar o ressurgimento da doença e garantir a segurança de toda a população afetada.

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