Os incidentes de cunho racista envolvendo grupos de extrema direita ganharam destaque após informações falsas circularem na internet, relacionando um ataque mortal a crianças a um imigrante islâmico. Essa propagação desenfreada de fake news contribuiu para inflamar os ânimos e gerar confrontos nas ruas.
O Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial manifestou sua preocupação em relação à persistência dos crimes de ódio, discurso de ódio e incidentes xenofóbicos no país. Além disso, denunciou discursos racistas e xenófobos por parte de políticos e figuras públicas presentes na imprensa impressa, de radiodifusão e online.
Embora o Comitê da ONU não tenha mencionado nomes específicos de políticos ou veículos de mídia envolvidos nesses atos, um de seus membros, Gün Kut, destacou a relação direta entre discursos xenofóbicos e violência racial. Em uma coletiva de imprensa em Genebra, Kut ressaltou a preocupação evidente com o discurso de ódio disseminado por figuras proeminentes.
Além disso, a ONU apontou preocupações em relação ao racismo institucional presentes nos sistemas policial e de Justiça britânicos, pedindo ao governo que estabeleça um mecanismo para investigar as reclamações de discriminação. Até o momento, o governo britânico não se pronunciou sobre o assunto.
No entanto, o antigo governo liderado pelo Partido Conservador afirmou estar comprometido em tornar o Reino Unido mais justo e em reduzir as disparidades negativas. Medidas foram tomadas desde a última revisão para endereçar essas questões, incluindo o lançamento da estratégia Reino Unido Inclusivo em 2022.
Diante desse cenário de tensionamento e polarização política, é fundamental que o Reino Unido adote medidas concretas para combater o discurso de ódio e a intolerância, a fim de promover uma sociedade mais inclusiva e justa para todos os seus cidadãos.