Ao aderirem a essa articulação nacional, os parceiros da ação se comprometeram a atuar para erradicar o feminicídio, por meio da prevenção e do enfrentamento de todas as formas de violência baseadas em gênero contra as mulheres. Entre as ações propostas estão iniciativas integradas nos ambientes de trabalho e campanhas de conscientização direcionadas aos homens.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, enfatizou a importância do engajamento de toda a sociedade nessa luta. Segundo ela, é fundamental que o vizinho denuncie agressões, que os amigos não normalizem comportamentos violentos e que as mães e amigas ofereçam apoio às mulheres vítimas de violência. A prevenção do feminicídio é um esforço coletivo que requer a participação de todos os cidadãos.
Entidades importantes, como clubes de futebol, como Flamengo, Corinthians, Vasco, Botafogo e Bahia, também se uniram à causa. Uma pesquisa realizada em 2022 pelo Fórum de Segurança Pública em parceria com o Instituto Avon revelou que em dias de jogos de futebol, o número de casos de lesão corporal dolosa contra mulheres aumenta significativamente. Por isso, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a relevância de envolver também os homens nesse diálogo e conscientização.
Durante o evento, órgãos do poder executivo federal assinaram a carta-compromisso pelo feminicídio zero, demonstrando apoio e engajamento na causa. A ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, ressaltou a importância da conscientização da sociedade nesse combate. Outras autoridades presentes no evento também destacaram a necessidade de uma mobilização profunda e abrangente para combater o feminicídio.
O mês de agosto é dedicado à conscientização sobre o fim da violência contra a mulher, e a mobilização nacional pelo Feminicídio Zero faz parte das estratégias do Agosto Lilás. A Lei Maria da Penha, sancionada há 18 anos, continua sendo uma referência na luta contra a violência doméstica.
Os números alarmantes de feminicídio e violência contra a mulher no Brasil exigem uma resposta urgente da sociedade e das autoridades. A cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio, e é preciso unir esforços para mudar essa realidade. A luta pelo Feminicídio Zero é de todos e demanda ações efetivas e contínuas para proteger a vida e a dignidade das mulheres brasileiras.