Na ocasião, a ré fez publicações ofensivas nas redes sociais, chamando a criança de “macaca horrível” e proferindo insultos de teor racista. O casal Gagliasso decidiu tomar medidas legais e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Rio de Janeiro. A denúncia foi então apresentada pelo Ministério Público, culminando na condenação de Dayane Alcântara.
O juiz responsável pelo caso ressaltou a gravidade das declarações proferidas pela ré, destacando que tais atitudes geram uma profunda violação da dignidade das pessoas. O magistrado também apontou a dissonância cognitiva presente nos atos racistas, que ignoram o valor histórico e cultural dos indivíduos afrodescendentes para a formação do Brasil.
Em resposta à sentença, o casal Gagliasso expressou sua satisfação e confiança no sistema judiciário para combater o racismo no país. Eles ressaltaram a importância da punição como um marco histórico, evidenciando a luta contínua contra a discriminação racial.
É relevante mencionar que a condenação ainda pode ser objeto de recurso, possibilitando a defesa de Dayane Alcântara a contestar a decisão judicial. A Agência Brasil buscou entrar em contato com a ré, que atualmente reside nos Estados Unidos, a fim de incluir seu posicionamento na matéria.
A decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro reforça a importância do combate ao racismo e da proteção dos direitos humanos no Brasil. A condenação de Dayane Alcântara representa um passo significativo na busca por uma sociedade mais justa e igualitária para todos os cidadãos.