Netanyahu mantém tropas na fronteira Egito-Palestina e Hamas aponta desinteresse em trégua após dez meses de guerra

Hamas alega que Netanyahu não tem interesse em trégua após dez meses de guerra

Na última sexta-feira (23), o Hamas fez uma declaração afirmando que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não está interessado em alcançar uma trégua nas negociações em andamento após dez meses de conflito. O movimento islamista palestino governa Gaza desde 2007, e aparentemente não está participando das rodadas de negociações atuais.

Enquanto uma delegação de Israel no Cairo negocia para avançar em um acordo para libertar reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro, o porta-voz de Netanyahu, Omer Dostri, insiste em manter tropas na fronteira entre o território palestino e o Egito, em uma área conhecida como “Corredor Filadélfia”. Isso foi interpretado pelo representante do Hamas, Hosam Badran, como uma rejeição por parte de Netanyahu em alcançar um acordo definitivo.

Os países mediadores, como Egito, Estados Unidos e Catar, têm se dedicado há meses em busca de um acordo que ponha fim à guerra que devastou o território palestino. No entanto, as tentativas têm sido infrutíferas até o momento.

Testemunhas relataram intensos combates em diferentes regiões de Gaza, com bombardeios e disparos de tanques. O coordenador humanitário da ONU para os territórios palestinos, Muhammad Hadi, descreveu a situação como aterrorizante para os civis, que estão exaustos e fugindo de locais destruídos.

O Exército israelense alega ter eliminado dezenas de terroristas e desmantelado locais com infraestruturas terroristas em várias regiões de Gaza. Desde o início do conflito, houve mais de 40 mil mortos no território, de acordo com o Ministério da Saúde local.

Diante desse cenário de violência e tensão, especialistas e cidadãos expressam preocupação com a possibilidade de uma trégua não ser alcançada. Para muitos, os interesses políticos e pessoais envolvidos estão dificultando o estabelecimento de um acordo que ponha fim a essa guerra devastadora.

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