Segundo informações da imprensa, o bilionário franco-russo de 39 anos estava retornando do Azerbaijão quando foi detido com base em um mandado de busca emitido após uma “investigação preliminar”. A Justiça francesa acusa o Telegram de ser cúmplice de crimes como tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes, devido à falta de moderação e ferramentas oferecidas pela plataforma.
Durov pode enfrentar acusações, como terrorismo, fraude, lavagem de dinheiro, receptação e conteúdo criminoso envolvendo crianças, entre outros. A empresa alega que segue as leis da UE, incluindo o Ato de Serviços Digitais, e que a moderação do conteúdo está dentro dos padrões da indústria, argumentando que é absurdo culpar a plataforma ou seu proprietário pelo uso indevido da mesma.
O Telegram sempre enfrentou atritos com autoridades devido à sua postura de promover a liberdade de expressão absoluta. Especialistas apontam que a plataforma se destaca por fornecer um espaço para discursos que são criminalizados em outras plataformas, como a dark web. Diferentemente de outras redes, o Telegram oferece recursos como autodestruição de mensagens, anonimato e um sistema de busca completo, o que facilita atividades criminosas.
É importante ressaltar que o Telegram já foi alvo de bloqueios e medidas judiciais em outros países, como o Brasil, em razão do descumprimento de determinações legais e preocupações com a disseminação de desinformação e discursos de ódio. A empresa costuma se posicionar como defensora da liberdade de expressão, o que gera controvérsias e atritos com autoridades policiais e judiciárias.