Repórter Recife – PE – Brasil

Jornalista detida na Venezuela é libertada sob regime de apresentação periódica e proibida de sair do país.

Uma jornalista detida na Venezuela foi libertada nesta segunda-feira sob regime de apresentação periódica e proibida de sair do país, após ser acusada de “terrorismo” e “incitação ao ódio”. Carmela Longo, de 59 anos e especializada em entretenimento, foi presa no domingo pela Polícia Nacional em meio à crise pós-eleições no país, após a reeleição contestada do presidente Nicolás Maduro. Sua residência foi alvo de buscas e seus computadores foram apreendidos.

A notícia de sua libertação foi divulgada pelo Sindicato Nacional de Trabalhadores de Imprensa (SNTP) nas redes sociais. Longo está proibida de sair do país, submetida ao regime de apresentação periódica e proibida de declarar e escrever sobre o seu caso, segundo o comunicado do sindicato.

O vídeo da prisão de Longo, no qual ela e seu filho entram em um veículo policial sem resistência, foi divulgado pelo SNTP. Sua prisão marca a sétima de um repórter ou editor contabilizada pelo sindicato após as eleições de julho, que foram marcadas por denúncias de fraude da oposição.

Anteriormente, Longo havia informado sua demissão do jornal Últimas Noticias, de linha chavista, onde trabalhou por quase duas décadas. O periódico, que antes criticava o governo, foi vendido em 2013. Além da prisão da jornalista, o SNTP denunciou a demissão de dezenas de trabalhadores de meios de comunicação estatais por interações em redes sociais a favor da oposição.

O caso de Carmela Longo é mais um exemplo da situação delicada enfrentada pelos jornalistas na Venezuela, em meio a um ambiente político conturbado e reações autoritárias às vozes críticas. A liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas são questões fundamentais para a manutenção da democracia e do direito à informação em qualquer sociedade.

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