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Reitor do CNE denuncia irregularidades e falta de transparência na vitória de Maduro na Venezuela após eleição contestada

Após quase um mês da eleição presidencial realizada na Venezuela, um dos reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ligados à oposição prestou declarações na segunda-feira (26) sobre a votação ocorrida em 28 de julho. Juan Carlos Delpino Boscán relatou que não compareceu à Sala de Totalização dos votos do CNE e, por essa razão, alega não ter evidência que respalde a vitória de Nicolas Maduro.

O reitor denunciou irregularidades, falta de transparência e mencionou a suspensão de auditorias previstas para o processo eleitoral. Em comunicado divulgado em uma rede social, Boscán destacou que a decisão de não subir à sala de totalização foi tomada em resposta às irregularidades que presenciou, como despejo de testemunhas, falta de transmissão do código QR ao centro de dados e suposto ataque hacker.

As críticas de Boscán foram reforçadas em um longo comunicado divulgado posteriormente, onde ele detalhou os acontecimentos do dia da votação, apontando falhas e evidenciando a falta de transparência no processo. O reitor mencionou ainda a suspensão de auditorias previstas após o dia 28 de julho, o que gerou incertezas e afetou a confiança no processo eleitoral.

Além disso, Boscán criticou a decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, alegando que a resolução do conflito deveria ocorrer dentro do próprio organismo eleitoral, com a participação de técnicos e peritos eleitorais. O reitor também apontou outras questões, como a exclusão de partidos aptos a participar da votação e a falta de reuniões da direção do CNE.

O impasse entre o governo de Maduro e a oposição persiste, com acusações mútuas de não respeito ao resultado eleitoral. O Ministério Público do país abriu uma investigação para apurar a suposta falsificação de atas eleitorais. Enquanto isso, o reitor segue firme em sua posição de garantir a integridade eleitoral e a verdadeira vontade do povo venezuelano.

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