De acordo com informações da assessoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as autoridades bolivianas vão formalizar nos próximos dias um pedido de apoio ao governo brasileiro. Uma vez realizado o reconhecimento aéreo das áreas atingidas pelos incêndios, Brasil e Bolívia assinarão um protocolo para definir a atuação conjunta das equipes de combate.
O vice-ministro de Defesa Civil da Bolívia, Juan Carlos Calvimontes, confirmou a intenção dos governos em unirem esforços para controlar as chamas, destacando a importância da troca de informações entre os dois países. Durante a reunião em Corumbá, foram identificados os principais focos de calor ativos na região de fronteira.
Os incêndios florestais não são exclusivos do Brasil, já que a Bolívia também enfrenta grandes proporções de fogo em suas áreas, especialmente no estado de Santa Cruz. Unidades de conservação como o Parque Nacional Noel Kempff Mercado e a Reserva Nacional de Vida Silvestre Amazônica Manuripi estão entre as regiões mais afetadas.
Enquanto no Brasil, a Polícia Federal já está investigando as origens dos incêndios, na Bolívia já foram abertos diversos processos penais e administrativos, com quatro pessoas detidas preventivamente. A situação exige uma ação conjunta e urgente dos dois países para controlar e extinguir os incêndios que ameaçam a biodiversidade e a segurança das regiões fronteiriças.