Os números são alarmantes: em 2024, Rondônia já registrou 4.197 focos de incêndios nas cidades e 690 em áreas de conservação, totalizando 4.887 focos, o que representa o dobro do registrado no ano anterior. Mais de 107 mil hectares de floresta foram consumidos pelo fogo, evidenciando a intensidade dos incêndios.
Segundo o decreto, a previsão é que a falta de chuvas persista por pelo menos mais três meses, o que levará a uma redução severa no nível dos rios e na umidade relativa do ar. Isso aumenta consideravelmente os riscos de incêndios florestais e queimadas urbanas, bem como os danos à saúde pública e ao meio ambiente.
Os dados de 2024 indicam um aumento de 43,2% nos focos de calor na Amazônia em comparação com o mesmo período do ano anterior, sendo Rondônia uma das áreas mais afetadas, com um aumento de 23,7% nos focos de incêndio apenas em agosto. O governo estadual levou em conta os prejuízos econômicos e sociais à população afetada, bem como os desafios enfrentados pelas equipes de combate aos incêndios devido à dificuldade de acesso às regiões atingidas.
A seca excepcional e a baixa do Rio Madeira tornaram a situação ainda mais desafiadora, intensificando a expansão descontrolada das queimadas. A declaração de emergência é justificada pela necessidade de proteger tanto as populações urbanas e rurais quanto as áreas ambientais, além de minimizar os impactos nas atividades econômicas essenciais para a população.
O decreto terá validade por 180 dias e buscará mobilizar recursos e ações para enfrentar essa calamidade, protegendo o meio ambiente e garantindo a segurança da população diante desta grave crise ambiental.