Repórter Recife – PE – Brasil

Estiagem afeta 624 cidades no Brasil, levando à declaração de situação de emergência, com destaque para a Paraíba, Bahia e Pernambuco.

A situação de emergência devido à estiagem tomou conta de 624 cidades em todo o país, levando a um cenário desolador de queimadas, rios secos e morte de animais. A maioria dos municípios afetados, especialmente 152 deles, encontra-se na Paraíba, seguidos pelos estados da Bahia e de Pernambuco, com 120 e 111 cidades declarando emergência, respectivamente. A gravidade da situação foi destacada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), que realizou um levantamento a pedido do jornal Globo.

Na última quarta-feira, as cidades de Artur Nogueira e São Pedro do Turvo, em São Paulo, também tiveram sua situação de emergência reconhecida. O contraste climático tem sido intenso nos últimos dias em diversas regiões paulistas, com recordes de incêndios no interior devido à estiagem, enquanto a capital experimenta dias mais úmidos e frios. A Defesa Civil Municipal estava em alerta para a queda da temperatura, sendo que o ponto crítico foi atingido na última madrugada.

De acordo com a Secretaria de Defesa Civil do Ministério da Integração, a estiagem representa um período de baixa ou ausência de chuvas, levando à seca, caracterizada pela perda de umidade do solo que não é repostas pelas precipitações. A seca prolongada resulta em um desequilíbrio hidrológico prejudicial ao meio ambiente.

O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) revelou que 16 estados e o Distrito Federal enfrentam a pior estiagem já registrada nos últimos anos, com números alarmantes. A situação se reflete em mais de 3,8 mil cidades com algum grau de seca e em mais de 4,4 milhões de pessoas afetadas nos últimos oito meses. Os impactos ambientais e sociais são evidentes, causando prejuízos à biodiversidade, sobrecarga no sistema de saúde municipal, redução no abastecimento de água potável, suspensão de aulas e outros transtornos.

O aumento das declarações de emergência devido a incêndios florestais chama atenção, com uma alta significativa em 2024 em comparação com anos anteriores. A Confederação Nacional dos Municípios destaca que a situação é preocupante e que as cidades afetadas necessitam de apoio e recursos do governo federal para amenizar os impactos. A expectativa é que o cenário se agrave se medidas urgentes não forem tomadas para combater a estiagem e suas consequências para o meio ambiente e a população. A união de esforços entre os governos estaduais e federal é essencial para enfrentar essa crise climática.

Sair da versão mobile