A reforma em questão sugere que juízes e magistrados sejam eleitos por voto popular, o que tem gerado controvérsias e descontentamento. Salazar havia alertado anteriormente que essa reforma poderia representar uma ameaça para a relação comercial entre México e Estados Unidos, além de ser um risco para a democracia no país.
Diante das críticas de Salazar, López Obrador enviou uma nota diplomática protestando contra a suposta ingerência do embaixador e anunciou uma “pausa” na relação com Salazar e a embaixada do Canadá. No entanto, Nichols respondeu que tanto ele quanto Salazar têm profundo respeito pela soberania do México e destacou a importância de os dois países trabalharem juntos para promover a segurança e prosperidade na região da América do Norte.
O México e os Estados Unidos possuem uma relação comercial significativa, sendo o México o principal parceiro comercial dos Estados Unidos. Ambos os países fazem parte do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC) e o intercâmbio comercial entre eles atingiu números expressivos.
Senadores americanos também endossaram as críticas feitas por Salazar, alertando que as mudanças propostas na Constituição mexicana poderiam comprometer a independência judicial e colocar em risco os interesses econômicos bilaterais. Esse embate diplomático entre os países mostra a complexidade das relações internacionais e a importância de respeitar a soberania de cada nação.