Gabriel Galípolo é atual diretor de Política Monetária do Banco Central e sua indicação para a presidência do órgão ainda precisa passar pela aprovação do Senado. Para isso, o governo pretende acertar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a melhor data para a sabatina do indicado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
O economista já passou por um processo de sabatina na CAE em julho de 2023, quando teve sua indicação confirmada pelo Plenário do Senado. Além disso, Galípolo também foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Haddad, o que traz experiência e conhecimento na área econômica para o novo cargo que irá assumir.
A decisão de Lula em indicar Galípolo para a presidência do Banco Central acontece em meio a debates sobre a autonomia da instituição. Durante a gestão de Campos Neto, a lei da autonomia do Banco Central entrou em vigor, garantindo mandatos de quatro anos para o presidente e diretores do órgão. No entanto, há um projeto em análise na Câmara dos Deputados que busca revogar essa autonomia, proposto pelo deputado Guilherme Boulos.
Além disso, no Senado, há uma proposta de emenda constitucional que trata da autonomia financeira e orçamentária do Banco Central, visando transformá-lo em empresa pública com mais independência do Executivo. Essas discussões devem ganhar destaque com a posse de Galípolo como presidente do BC, trazendo para o centro do debate as políticas monetárias e a relação do órgão com o governo federal.
