Delegações de cerca de 50 países marcaram presença, incluindo destaque para Angola, África do Sul, Argentina, Bahamas, Camarões, Colômbia, Costa do Marfim, Cuba, Estados Unidos, Gana, Haiti, Honduras, São Tomé e Príncipe, Sudão do Sul, Namíbia e Togo. O reitor da UFBA, Paulo Miguez, enfatizou o compromisso da universidade com a educação e destacou os acordos de cooperação assinados com instituições africanas.
Durante a abertura, a secretária estadual da Promoção da Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães, ressaltou a importância do pan-africanismo como um símbolo de unidade do povo, independente das fronteiras geográficas. Ela destacou que o Brasil, por ter a maior população negra fora da África, desempenha um papel estratégico nessa luta global, defendendo a utilização de ferramentas como diplomacia, cooperação técnica, educacional, científica e tecnológica para fortalecer parcerias.
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, abordou a ressignificação de conceitos sobre a diáspora, ressaltando a importância da inclusão de todos os países na governança global para evitar o fascismo. Outro destaque foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que exaltou os líderes dos movimentos sociais e sua capacidade de reinvenção diante das adversidades.
O chanceler do Togo, Robert Dussey, refletiu sobre a importância da união na luta contra o racismo, buscando mais justiça e condições dignas de sobrevivência. Para o professor Richard Santos, da Universidade Federal do Sul da Bahia, a conferência é uma oportunidade para avançar no diálogo político sobre temas prioritários para a população negra, indo além das questões culturais e incorporando as demandas dos movimentos sociais.
Em suma, a Conferência da Diáspora Africana nas Américas visa fortalecer os laços entre os países, promover a igualdade racial e discutir propostas para um futuro mais justo e equitativo para a população negra.