Segundo Raissa, a desativação do Case do Cabo é considerada o maior marco de sua gestão. A unidade, que atualmente abriga 60 socioeducandos, estava operando na capacidade máxima, mas já chegou a abrigar quase 400 jovens na década passada, resultando em um cenário de descontrole e violência. A medida tomada visa reestruturar o sistema socioeducativo, com apenas os internos maiores de 18 anos permanecendo no local para cumprir suas medidas socioeducativas enquanto os demais serão transferidos gradativamente para outras unidades da Funase.
As transferências dos socioeducandos estão sendo realizadas em colaboração com o Judiciário, que está trabalhando para garantir a continuidade da socioeducação durante o processo de redistribuição dos jovens. O Case do Cabo ganhou destaque por conta de incidentes violentos, como uma rebelião ocorrida em janeiro de 2012 que resultou na morte de três adolescentes de forma brutal.
O episódio chocante evidenciou a grave superlotação e falta de controle na unidade, que na época abrigava quase o dobro de sua capacidade. A desativação do Case do Cabo é vista como uma medida necessária para evitar tragédias como essa no futuro e reestruturar o sistema socioeducativo. Com essa decisão, espera-se melhorar as condições de atendimento aos jovens em conflito com a lei e proporcionar um ambiente mais seguro e controlado.