Segundo os relatórios da agência nuclear das Nações Unidas, o Irã elevou suas reservas de urânio enriquecido para 60%, o que está próximo do nível necessário para a fabricação de uma arma atômica. Além disso, as reservas de urânio enriquecido para 20% também foram aumentadas significativamente. Essa situação levanta preocupações e coloca em evidência a necessidade de retomar o diálogo entre o Irã e a AIEA.
O Irã se comprometeu a cumprir as regras do acordo internacional de 2015, assinado com os Estados Unidos, China, Rússia, França, Alemanha e Reino Unido, visando regular suas atividades nucleares em troca do levantamento gradual das sanções internacionais. No entanto, o acordo começou a ruir em 2018, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou unilateralmente o país do pacto.
Diante desse cenário, Grossi busca retomar as negociações e restabelecer as relações entre a AIEA e o Irã. A suspensão das inspeções e a redução da vigilância nas instalações nucleares iranianas são pontos de preocupação destacados no relatório. A reunião do Conselho de Governadores da AIEA, prevista para começar em setembro em Viena, apresenta um cenário crucial para discutir o atual panorama nuclear iraniano e buscar soluções para garantir a natureza pacífica do programa nuclear do país.
Em meio a um contexto geopolítico tenso e incertezas quanto às intenções do Irã, a comunidade internacional aguarda atentamente o desenrolar dos acontecimentos e as possíveis ações a serem tomadas para lidar com essa questão complexa. Espera-se que o diálogo entre a AIEA e o Irã possa trazer avanços significativos e contribuir para a estabilização da situação nuclear na região.