Governo planeja encerrar 481,7 mil cadastros do BPC em 2025 para economizar R$ 6,4 bilhões. Medida visa revisão abrangente dos gastos.

A equipe econômica do governo federal anunciou nesta quarta-feira um plano para encerrar 481,7 mil cadastros do Benefício de Prestação Continuada (BPC) até o ano de 2025. Essa ação faz parte de uma ampla revisão dos gastos com o benefício, com o objetivo de economizar cerca de R$ 6,4 bilhões dos cofres públicos.

De acordo com o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas divulgado em julho, os gastos com o BPC devem atingir a marca de R$ 111,5 bilhões em 2024, representando uma das despesas de maior crescimento nas projeções feitas pela equipe técnica do governo.

É importante ressaltar que os ministérios responsáveis afirmaram que não haverá um fechamento de vagas para o BPC. As exclusões que serão realizadas são referentes a cadastros irregulares, o que permitirá que novos beneficiários aptos se inscrevam no programa.

Os cortes nos cadastros serão distribuídos em duas principais frentes. A primeira delas é a regularização de cadastro e renda, com a exclusão de 269,7 mil cadastros, resultando em uma economia de R$ 4,3 bilhões. A segunda frente é a reavaliação pericial de pessoas com deficiência, com o encerramento de outros 212 mil cadastros, gerando uma economia adicional de R$ 2,1 bilhões.

Essa revisão já vinha sendo mencionada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, que destacou a importância de uma verificação criteriosa dos cadastros do BPC. O benefício, que garante o pagamento de um salário mínimo por mês a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que se enquadram nos critérios estabelecidos, passará por novas regras para sua manutenção.

O governo tem como principal objetivo operar em dois eixos: a regularização de dados de renda, exigindo que beneficiários que não declararam renda nos últimos 48 meses atualizem suas informações; e a atualização de laudos periciais, solicitando que pessoas com deficiência apresentem novos laudos que comprovem suas condições.

Essa análise deve abranger um total de 3,4 milhões de benefícios, dos quais a expectativa é de que 481,7 mil sejam excluídos por apresentarem irregularidades. Essa medida visa garantir uma melhor gestão dos recursos públicos e assegurar que o benefício chegue às pessoas que verdadeiramente necessitam.

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