Impactos socioambientais da hidrovia Araguaia-Tocantins são debatidos em audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente

Nesta quarta-feira (28), a Comissão de Meio Ambiente (CMA) promoveu uma importante audiência pública para discutir os impactos socioambientais da hidrovia Araguaia-Tocantins sobre o rio Araguaia. A hidrovia tem como objetivo conectar as regiões Centro-Oeste e Norte do país para facilitar o escoamento de exportações.

Durante a audiência, a diretora de sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos, Larissa Martins, defendeu veementemente a importância da obra e enfatizou a necessidade de se seguir rigorosamente o processo de licenciamento ambiental. Por outro lado, o pesquisador titular do Museu Paraense Emílio Goeldi, Alberto Akama, questionou o licenciamento da obra e alertou para os possíveis prejuízos que a população ribeirinha, pescadores, indígenas e quilombolas que vivem às margens do rio Araguaia podem enfrentar.

A reunião foi presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que expressou sua preocupação com a degradação em curso do rio Araguaia, um dos principais rios do estado de Goiás. O senador ressaltou a importância de se avaliar cuidadosamente os impactos ambientais e sociais que a construção da hidrovia pode gerar para as comunidades que dependem do rio para sua subsistência.

Os debates durante a audiência pública foram acalorados e demonstraram a complexidade do tema, que envolve questões de desenvolvimento econômico, preservação ambiental e direitos das populações locais. Diante das diferentes posições apresentadas, fica evidente a necessidade de um amplo diálogo e de estudos aprofundados para garantir que a implantação da hidrovia Araguaia-Tocantins seja feita de maneira sustentável e respeitando os interesses de todos os envolvidos.

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