Tropas israelenses invadem cidades palestinas para conter militância no norte da Cisjordânia; cinco militantes mortos em confronto.

As tropas israelenses invadiram duas cidades palestinas na quarta-feira como parte de uma ação para conter a crescente militância no norte da Cisjordânia. Os ataques prosseguiram na quinta-feira, quando o Exército israelense relatou ter abatido cinco militantes em um tiroteio, incluindo um comandante da Jihad Islâmica, cuja morte foi confirmada pelo grupo.

Essa escalada de violência colocou em destaque o território ocupado por Israel, onde mais de 600 palestinos foram mortos em confrontos com as forças israelenses, conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Isso acontece paralelamente à devastadora guerra em Gaza.

A Cisjordânia é uma área em forma de rim entre Israel e a Jordânia, onde cerca de três milhões de palestinos e 500 mil colonos convivem em constante conflito há décadas. O território se estabeleceu após a guerra de 1948 e foi ocupado pela Jordânia, que mais tarde anexou a região. Em 1967, Israel ocupou a Cisjordânia em uma guerra contra os estados árabes vizinhos.

Esse contexto histórico levou à formação de um sistema de dois níveis na Cisjordânia, onde os cidadãos israelenses desfrutam de direitos e privilégios, enquanto os palestinos vivem sob controle militar israelense. Apesar dos Acordos de Oslo assinados na década de 1990, a região permanece fragmentada e sem a tão esperada solução de dois Estados.

A presença de tropas israelenses em Tulkarm e Jenin visa conter a influência crescente de grupos militantes palestinos e combater a crescente violência na região. Com a esperança de um acordo diplomático diminuindo, grupos islâmicos como o Hamas e a Jihad Islâmica têm ganhado força, desafiando as autoridades palestinas e israelenses.

Em meio a esse cenário caótico, os confrontos na Cisjordânia continuam a acontecer, com milícias locais se formando e o Irã se envolvendo no fornecimento de armamentos. A Autoridade Nacional Palestina, considerada frágil e impopular, luta para manter o controle da situação, enquanto os oficiais militares israelenses seguem com incursões nas cidades para reprimir os grupos armados.

A complexidade desse conflito na Cisjordânia reflete a longa história de disputas entre israelenses e palestinos, evidenciando a necessidade urgente de uma solução pacífica e duradoura para a região.

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