Para Agripino, de 33 anos, a vitória representou uma grande emoção e a realização de um sonho. Em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), ele ressaltou a importância da conquista e dedicou a medalha ao seu avô. Com um histórico de dificuldades, diagnosticado com ceratocone aos sete anos, Agripino se destacou no Mundial de Kobe ao garantir a prata nos mesmos 5.000 metros.
O sucesso de Agripino foi complementado pelo desempenho de Yeltsin Jacques, que superou uma lesão para conquistar a medalha de bronze. O atleta de 32 anos, nascido com baixa visão, celebrou a dobradinha brasileira e o sentimento de missão cumprida.
Com 172 pódios no atletismo paralímpico, sendo 49 de ouro, 70 de prata e 53 de bronze, o Brasil reforça sua tradição na modalidade. Yeltsin Jacques, recordista mundial nos 1.500 metros classe T11, retornará à pista para a prova classificatória, ao lado de Júlio César Agripino, campeão mundial da mesma prova em Kobe.
A superação, determinação e emoção marcaram o primeiro dia do atletismo brasileiro na Paralimpíada de Paris, com promessas de mais conquistas e emoções ao longo da competição.