Nova variante da mpox causa aumento de casos na RDC e preocupa a OMS; mortes ainda relativamente baixas.

A República Democrática do Congo (RDC) tem sido palco de um preocupante aumento no número de casos de uma nova variante de mpox, doença que já fez cerca de 629 vítimas fatais no país ao longo de 2024. Os dados mais recentes apontam para aproximadamente 18 mil casos prováveis ou suspeitos da doença, sendo mais de cinco mil apenas nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul, onde a variante 1b foi identificada.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou sua preocupação com o cenário, ressaltando que o número de casos da nova cepa tem crescido de forma acelerada nas últimas semanas. Apesar disso, o número de óbitos tem se mantido relativamente baixo. Além disso, a OMS também tem acompanhado surtos da variante 1a em outras regiões da RDC.

A situação levou o presidente da RDC, Félix Tshisekedi, a prometer um aporte de US$ 10 milhões para auxiliar no combate ao surto. Além disso, estão sendo discutidas estratégias para expandir a vacinação contra outras doenças, como a poliomielite, o sarampo e a malária.

A OMS está se mobilizando para acelerar o acesso e a entrega de vacinas contra a mpox na RDC e em países vizinhos. Tedros destacou que a segurança e a eficácia das vacinas são prioridades máximas da entidade, que não irá tomar atalhos nesse processo. Paralelamente, estão sendo realizados esforços para desenvolver testes de diagnóstico, medicamentos e promover pesquisas sobre a doença.

A região afetada pelo surto da nova variante se encontra em uma área marcada pela pobreza e insegurança, o que torna a resposta contra a doença ainda mais desafiadora. Tedros ressaltou a necessidade de uma solução política para a situação, enfatizando a importância de abordagens coordenadas e colaborativas para o controle da mpox.

Este cenário em relação à mpox na RDC evidencia a importância do investimento em saúde pública e da cooperação internacional para lidar com emergências de saúde como esta. A comunidade global precisa unir esforços para controlar o avanço da doença e evitar mais mortes.

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