Reforma do Poder Judiciário no México gera greve, tensões com EUA e desconfiança dos mercados em nova proposta de governo.

O México está diante de uma mudança significativa em sua estrutura judicial, com a proposta de reforma do Poder Judiciário avançando no país. Essa iniciativa, liderada pelo governo de esquerda e enfrentando resistência, tem provocado conflitos, incluindo uma greve, tensões com os Estados Unidos e desconfiança por parte dos mercados.

A espinha dorsal dessa reforma constitucional é a eleição de juízes e magistrados por voto popular, uma medida proposta pelo presidente Andrés Manuel López Obrador. Atualmente, candidatos indicados pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ocupam esses cargos, mas a proposta busca dar mais poder de escolha aos cidadãos.

Além disso, a reforma também prevê a redução do número de ministros da Suprema Corte e a criação de um novo órgão para supervisionar os juízes. Essas mudanças têm gerado controvérsias e divisões dentro do país, com críticas de opositores, juízes e servidores do setor.

Os Estados Unidos expressaram preocupações sobre os possíveis impactos dessa reforma na democracia e no acordo de livre comércio T-MEC, que tem grande relevância para o México. Além disso, os mercados financeiros também estão atentos às consequências dessa mudança e temem a instabilidade legal que ela poderia gerar.

Diante desse cenário, o presidente mexicano rejeitou as críticas externas e defendeu a proposta de reforma como um passo importante para combater a corrupção e fortalecer o sistema judiciário do país. No entanto, as controvérsias e incertezas em torno desse processo destacam a complexidade e os desafios envolvidos na transformação do Poder Judiciário mexicano.

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