Mesmo que ainda fosse possível visualizar o template da plataforma, nenhuma atualização estava sendo exibida. Ao invés disso, um aviso de erro surgia na tela, recomendando que os usuários tentassem recarregar a página, mas sem sucesso. Além disso, o acesso via aplicativo para celular também estava limitado, exceto para aqueles que utilizavam planos de dados de algumas operadoras.
Os problemas de acesso não se limitavam apenas ao site, mas também se estendiam ao antigo endereço da rede social, www.twitter.com. Neste caso, os usuários eram barrados logo na tentativa de ingressar no ambiente do X, sendo informados que a conexão foi recusada.
A decisão de Moraes determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adotasse todas as providências para efetivar o bloqueio dentro de um prazo máximo de 24 horas. Com cerca de 20 mil provedores de banda larga fixa no país, a Anatel precisava comunicar e orientar as empresas sobre o bloqueio dos IPs da rede social.
O ministro justificou sua decisão com base nos descumprimentos das ordens judiciais e das multas impostas à plataforma de Elon Musk, além do perigo iminente de disseminação de discursos de ódio e antidemocráticos nas redes sociais brasileiras.
A suspensão do X no Brasil permanecerá vigente até que todas as ordens judiciais sejam cumpridas, as multas pagas e um representante legal indicado no país. Moraes alertou para a necessidade de conter a instrumentalização de milícias digitais e grupos extremistas nas redes sociais, especialmente durante o período eleitoral que antecede as eleições municipais de 2024.
