Sua carreira política foi conectada à do marido, João Alves Filho, ex-prefeito de Aracaju e governador de Sergipe. Na década de 90, formaram uma chapa para o governo e o Senado, mas apenas Maria do Carmo foi eleita. Durante seu mandato, licenciou-se por três vezes para ocupar secretarias em governos estaduais comandados pelo marido.
No início de seu mandato, em 1999, Maria do Carmo prometeu representar as demandas da população sergipana diante da crise econômica do país. Mesmo filiada à base do governo de Fernando Henrique Cardoso, criticou as políticas econômicas do governo, como a abertura comercial e as privatizações.
Além de atuar em diversas áreas, como saúde e assistência social, a senadora trabalhou em projetos de lei importantes, como a restrição da venda de esteróides anabolizantes e a garantia do direito de visita dos avós aos netos. Em 2016, sua iniciativa assegurou assistência à saúde das mulheres presas durante gestação e puerpério.
Maria do Carmo também foi uma das fundadoras da bancada feminina no Senado, dedicando-se à representatividade das mulheres na política e na sociedade. Em seu último discurso, enfatizou a importância da luta pela igualdade de gênero e inclusão social.
A senadora Maria do Carmo Alves faleceu em agosto de 2024, após enfrentar um câncer no pâncreas que se propagou para o fígado. Sua atuação política deixou um legado de comprometimento com a sociedade e a defesa dos direitos das mulheres. Maria do Carmo será lembrada como uma política pioneira e dedicada ao serviço público.
