Os eventos, que ocorreram no local onde um navio de guerra nazista bombardeou um forte polonês, levaram a Grã-Bretanha e a França a declarar guerra à Alemanha nazista. Posteriormente, em 17 de setembro do mesmo ano, a União Soviética invadiu a Polônia.
Durante a cerimônia, o primeiro-ministro Donald Tusk destacou que as lições da Segunda Guerra Mundial não são “uma abstração” e fez um paralelo com a guerra em curso na vizinha Ucrânia, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022. Ele ressaltou a importância de os Estados-membros da Otan se dedicarem à defesa contra a agressão observada nos campos de batalha ucranianos.
Por sua vez, o presidente polonês, Andrzej Duda, participou dos eventos em Wielun, cidade onde caíram as primeiras bombas alemãs. Duda afirmou que as “desculpas” da Alemanha não foram suficientes e pediu reparações, reforçando que a questão não está resolvida.
O atual governo polonês liderado por Tusk exige que a Alemanha forneça compensação financeira pelas perdas sofridas durante a guerra. As negociações entre Varsóvia e Berlim sobre indenizações financeiras para as vítimas sobreviventes do conflito estão em andamento, com estimativas sugerindo que até 70.000 pessoas poderiam ser compensadas.
A Segunda Guerra Mundial resultou na morte de quase seis milhões de poloneses, sendo um dos conflitos mais mortais da história, com um total de 50 milhões de vítimas, incluindo seis milhões de judeus mortos no Holocausto, metade deles poloneses. A Polônia busca justiça e reparações após os dolorosos acontecimentos da guerra que marcaram profundamente o país.