Essa foi a primeira vez que Jerusa subiu ao lugar mais alto do pódio em uma Paralimpíada, após ter conquistado duas medalhas de prata e dois bronzes em edições anteriores do evento. Sua vitória emocionou o público e marcou um momento especial em sua carreira.
O recorde mundial na semifinal da prova foi mais um feito impressionante de Jerusa, que registrou o tempo de 11s80. Essa marca anteriormente pertencia a ela mesma, com 11s83, obtida no CT Paralímpico em São Paulo. Apenas quatro velocistas cegas na história conseguiram correr os 100m em menos de 12s, sendo Jerusa uma delas.
A trajetória de superação de Jerusa é inspiradora. Ela nasceu totalmente cega e, após algumas cirurgias que lhe davam uma pequena visão, voltou a perder a visão completa aos 18 anos. O esporte paralímpico entrou em sua vida aos 19 anos, por meio de um amigo também deficiente visual, e desde então, ela tem se destacado como uma das principais atletas da classe T11.
Lorena Spoladore, por sua vez, também teve uma jornada de superação. Diagnosticada com glaucoma congênito desde os primeiros dias de vida, ela perdeu a visão gradualmente e ficou totalmente cega aos 6 anos. Sua determinação e talento a levaram a conquistar sua terceira medalha paralímpica, mostrando que a deficiência visual não é um obstáculo para o sucesso no esporte.
As Paralimpíadas de Tóquio continuam a nos emocionar com histórias como a de Jerusa e Lorena, que inspiram e demonstram a força e a capacidade dos atletas paralímpicos. É um momento de celebração e reconhecimento do talento desses competidores incríveis.
