Candidato da oposição venezuelana tem ordem de prisão decretada, complicando negociações com Nicolás Maduro e preocupando o Brasil.

A ordem de prisão contra Edmundo González, candidato da oposição venezuelana, gerou preocupação no governo brasileiro, que vê as chances de uma solução negociada com o ditador Nicolás Maduro se tornarem ainda mais difíceis. A situação foi agravada após Maduro ser declarado vencedor das eleições presidenciais de julho, mesmo sem apresentar as atas eleitorais, pelo Conselho Eleitoral ligado a ele.

A Justiça venezuelana acatou um pedido do Ministério Público para emitir um mandado de prisão contra González, que é acusado de cinco crimes pelo órgão ligado ao chavismo, depois de ignorar três intimações para depor. Essa decisão pode prejudicar a tentativa de acordo negociada por Brasil e Colômbia, segundo Celso Amorim, assessor para assuntos internacionais da Presidência.

Amorim afirmou que a situação se tornou ainda mais desafiadora com a ordem de prisão contra González. No entanto, ele descartou a possibilidade de o Brasil adotar uma postura mais agressiva em relação a Maduro, mencionando que “a gente nunca sobe o tom”. Em meio à crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir com o chanceler Mauro Vieira para discutir os próximos passos. Autoridades brasileiras e colombianas também devem manter contatos com representantes de Maduro e da oposição.

Lula reiterou que não reconhece a vitória nem de Maduro nem da oposição, enfatizando a importância de convocar novas eleições. A incerteza política e a escalada da crise na Venezuela têm preocupado o governo brasileiro, que busca uma solução pacífica para a situação no país vizinho. A diplomacia brasileira continua atuando para mediar um acordo entre as partes e evitar um agravamento da crise na Venezuela.

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