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Debates acalorados no Senado sobre suspensão do X e pedido de impeachment de ministro do STF dividem opiniões dos parlamentares

Na sessão deliberativa desta terça-feira (3), os senadores se envolveram em intensos debates sobre a suspensão da plataforma X pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As opiniões divergentes deram o tom do encontro, com parlamentares da oposição criticando veementemente a decisão do ministro e até chegando a pedir seu impeachment. Por outro lado, os senadores alinhados ao governo defenderam tanto a atuação de Alexandre de Moraes quanto a postura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) foi um dos mais enfáticos ao informar que um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes será protocolado na Casa na próxima segunda-feira (9), com assinaturas de deputados federais e cidadãos de todo o país. Portinho, juntamente com outros senadores como Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Flávio Azevedo (PL-RN), defendeu a abertura do processo de impedimento, alegando que Moraes desrespeitou a garantia constitucional da liberdade de expressão ao bloquear o acesso à plataforma X em todo o país.

Durante as discussões, Portinho declarou que a ação de Moraes representa um ato de censura e autoritarismo, que prejudica a democracia e a concorrência. Ele pediu que Pacheco e a Mesa do Senado aceitem o pedido de impeachment, alegando que o ministro e seus “comparsas” estão agindo de forma arbitrária e prejudicando milhões de brasileiros.

Por outro lado, senadores como Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP) manifestaram apoio a Rodrigo Pacheco e criticaram as tentativas de impeachment contra Alexandre de Moraes. Eles ressaltaram a importância da democracia e da institucionalidade, defendendo a atuação do presidente do Senado.

Diante de um cenário polarizado, com posicionamentos firmes de ambos os lados, a decisão sobre o impeachment de Alexandre de Moraes agora está nas mãos do Senado Federal, que detém competência privativa para processar e julgar ministro do STF em casos de crimes de responsabilidade. O desfecho desse embate político certamente terá repercussões significativas no cenário nacional.

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