Repórter Recife – PE – Brasil

Indicação de Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central será votada em Plenário após eleições municipais, anuncia presidente do Senado.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, divulgou nesta quarta-feira (4) a data em que a indicação do economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central será votada em Plenário: dia 8 de outubro, após as eleições municipais. Pacheco ressaltou a qualidade do indicado e destacou a importância de Galípolo se reunir com os senadores para apresentar suas ideias sobre a política monetária e o Banco Central do Brasil.

Além disso, Pacheco solicitou ao senador Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que agende a sabatina de Galípolo no colegiado antes da votação em Plenário. No entanto, os senadores Marcos Rogério e Esperidião Amin sugeriram que a votação seja adiada para a terceira semana de outubro, a fim de permitir mais tempo para que o indicado seja recebido por todos os senadores, especialmente os da oposição.

Jaques Wagner, Rogério Carvalho e Randolfe Rodrigues expressaram apoio à definição de Pacheco e elogiaram Galípolo. Vale ressaltar que a indicação de Galípolo foi enviada ao Senado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ele substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato vai até o final de 2024.

Conforme estabelecido pelo art. 52 da Constituição Federal, todas as indicações para a diretoria do Banco Central precisam passar pelo Senado, com sabatina e votação na CAE e, posteriormente, votação no Plenário, sendo as votações realizadas de forma secreta.

Galípolo atualmente é diretor de Política Monetária do Banco Central e já passou por sabatina na CAE, tendo sua indicação confirmada no Plenário em julho de 2023. Ele também atuou como secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão do ministro Fernando Haddad.

No âmbito legislativo, há uma proposta de alteração constitucional em discussão no Senado que trata da autonomia financeira e orçamentária do Banco Central. Essa proposta, caso aprovada, transformaria o Banco Central em uma empresa pública, ampliando sua independência em relação ao Executivo. O projeto conta com o apoio de senadores como Vanderlan Cardoso e Plínio Valério, mas também enfrenta resistência, como o relatório alternativo apresentado pelo senador Rogério Carvalho.

Na Câmara dos Deputados, encontra-se em análise o PLP 19/2023, de autoria do deputado Guilherme Boulos, que revoga a autonomia do Banco Central. Este projeto está sob análise na Comissão de Finanças e Tributação daquela Casa.

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