Durante a audiência, a ministra destacou a urgência de um marco regulatório de emergência climática, especialmente diante da situação de risco climático extremo enfrentada por 1.942 municípios. Ela foi convidada a prestar esclarecimentos sobre as ações do governo federal em resposta às queimadas e incêndios florestais que tem atingido biomas como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal.
Segundo Marina, os pesquisadores indicam que se as atuais tendências se mantiverem, o Pantanal poderá desaparecer até o final do século. A ministra ressaltou a importância de preservar a cobertura vegetal e destacou o aumento alarmante de focos de queimadas registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em agosto deste ano.
Marina Silva também negou cortes no orçamento destinado às ações de combate aos incêndios e afirmou que políticas públicas baseadas em evidências e parcerias com o setor privado são essenciais. Ela destacou os resultados do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e no Cerrado (PPCerrado), que incluem o aumento do número de brigadistas e o lançamento do Plano de Transformação Ecológica.
A presidente da Comissão de Meio Ambiente, senadora Leila Barros (PDT-DF), destacou a gravidade das queimadas no país e homenageou o brigadista Wellington dos Santos, que faleceu durante um combate ao fogo no Parque indígena do Xingu. Ela ressaltou a necessidade de adaptação rápida diante da emergência climática e destacou a importância da colaboração entre os entes federados na aprovação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
O cenário de emergência climática e os desafios enfrentados pelas áreas ambientais foram amplamente discutidos durante a audiência, que contou com informações da Agência Senado. A conscientização sobre a importância da preservação ambiental e a urgência de ações efetivas ganharam destaque no debate.