Durante a audiência, Marina Silva enfatizou a necessidade urgente de ações concretas para combater as queimadas e incêndios florestais que têm assolado diversos biomas no Brasil, especialmente a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. A ministra ressaltou que, caso as tendências atuais sejam mantidas, o Pantanal corre o risco de desaparecer até o final do século.
Além disso, a ministra defendeu a criação de um marco regulatório de emergência climática pelo Congresso, destacando a importância de medidas efetivas para enfrentar a crise ambiental que o país enfrenta. Durante a audiência, a senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da CMA, destacou a gravidade da situação e prestou homenagem a um brigadista que perdeu a vida combatendo o fogo no Parque indígena do Xingu, no Mato Grosso.
Marina Silva também abordou a intensificação dos processos de seca e a grave situação hídrica em diversos estados do país. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram um aumento significativo nos focos de queimadas em agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A ministra ressaltou a importância de políticas públicas baseadas em evidências e ações conjuntas com o setor privado para enfrentar a crise ambiental e destacou os esforços do governo para reduzir o desmatamento e combater as queimadas. No entanto, ela enfatizou que é necessário um esforço conjunto de toda a sociedade para enfrentar os desafios climáticos atuais.
Diante dos questionamentos dos parlamentares sobre cortes orçamentários e ações do governo na área ambiental, Marina Silva reforçou a importância do compromisso de todos os setores da sociedade na preservação ambiental e na promoção de um desenvolvimento sustentável. A ministra enfatizou a urgência de medidas efetivas para proteger os biomas brasileiros e enfrentar as mudanças climáticas de forma a garantir a sobrevivência das futuras gerações.