Nova vacina experimental de RNA mensageiro da Moderna contra mpox mostra eficácia superior em estudo com animais, reduzindo sintomas e duração da doença.

Uma vacina experimental desenvolvida pela Moderna, empresa de biotecnologia, utilizando RNA mensageiro (mRNA), demonstrou resultados promissores em um estudo realizado em animais e publicado recentemente na revista científica Cell. A pesquisa apontou que a vacina contra a varíola do macaco (mpox) apresentou maior eficácia na redução dos sintomas e na diminuição da duração da doença em comparação com as opções terapêuticas atualmente disponíveis.

O estudo surge em um momento crucial, visto o surto da doença na África, impulsionado por uma nova cepa que emergiu na República Democrática do Congo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou um alerta global em relação à situação em 14 de agosto, evidenciando a gravidade da situação.

Segundo Jay Hooper, virologista do Instituto de Pesquisa Médica para Doenças Infecciosas do Exército dos EUA e coautor do estudo, a utilização da tecnologia de mRNA permite garantir a segurança e eficácia da vacina de forma inovadora. A Moderna, que já utiliza essa tecnologia em sua vacina contra o coronavírus, tem se mostrado eficaz e segura.

A vacina de mRNA contra a mpox inclui instruções genéticas que treinam o sistema imunológico do hospedeiro para reconhecer quatro antígenos virais principais, responsáveis por permitir a ligação do vírus às células. Os resultados obtidos no estudo com primatas demonstraram que a vacina foi capaz de reduzir significativamente o número de lesões e a carga viral, além de encurtar o período de manifestação de sintomas.

Os pesquisadores destacaram que a nova vacina também foi eficaz contra outros vírus da família Orthopox, aumentando sua relevância como possível ferramenta para combater doenças virais. Diante dos resultados promissores, a vacina, denominada mRNA-1769, avançou para a fase inicial de testes em humanos no Reino Unido, visando avaliar sua segurança e eficácia em uma população maior.

Essa descoberta representa um avanço significativo no campo da imunização e da pesquisa de vacinas, trazendo esperança para o enfrentamento de doenças virais emergentes e reforçando a importância da inovação tecnológica na área da saúde. Espera-se que os próximos passos do estudo confirmem a eficácia e segurança da vacina, contribuindo para o controle de surtos futuros e para a proteção da saúde pública.

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