Durante a coletiva, o delegado geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha, explicou que a organização criminosa investigada estava envolvida em lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais e legais, como as empresas de apostas online, conhecidas como “bets”. O delegado não entrou em detalhes sobre a participação dos suspeitos, mas descreveu como a operação criminosa acontecia.
Segundo Renato Rocha, a organização utilizava o dinheiro gerado pelas atividades ilegais para lavar capitais e adquirir bens, como imóveis, carros de luxo, joias, aeronaves e embarcações. Essas transações eram realizadas por meio de empresas de fachada, e parte do dinheiro passava por contas bancárias de terceiros, que estão sendo investigadas.
A investigação, que iniciou em abril de 2023, contou com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Interpol. A operação cumpriu 19 mandados de prisão, 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, além de bloquear judicialmente ativos financeiros no valor de R$ 2,196 bilhões.
Deolane Bezerra, que também é alvo de outra investigação na cidade de São Paulo, foi presa preventivamente no bairro de Boa Viagem e encaminhada ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados. A operação contou com a participação de 170 policiais civis, sob a presidência do delegado Paulo Gondim.
A ação ocorreu não apenas em Pernambuco, mas também em cidades como Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO), além de um estado de Minas Gerais, sem localidade confirmada. A Polícia Civil afirmou que ao menos um dos alvos ainda está foragido.
Com o alto número de apreensões de imóveis, veículos, aeronaves e embarcações, a Polícia Civil não pôde precisar o quantitativo exato, mas prometeu fornecer mais detalhes ao longo da semana. Esta operação revela a importância do combate a atividades criminosas que impactam diretamente a economia e a segurança pública.
