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Promotora dos EUA contesta decisão judicial de anular julgamento de Alec Baldwin por homicídio culposo, alegando supressão de evidências.

Promotora nos Estados Unidos pede reconsideração sobre anulação do julgamento de Alec Baldwin

A promotora Kari Morrissey, responsável pelo caso de Alec Baldwin por homicídio culposo, solicitou à juíza que reconsiderasse a decisão de anular o julgamento do ator de Hollywood. A contestação da decisão judicial se baseia na alegação de que as forças policiais suprimiram evidências no caso.

Em uma moção legal divulgada nesta quarta-feira (3), Morrissey argumentou que a anulação do julgamento foi equivocada, uma vez que as evidências em questão não foram compartilhadas devido a serem consideradas “intangíveis”. Segundo o documento apresentado pela promotora, não houve um encobrimento, pois não existia nada a encobrir, e por isso foi solicitado ao tribunal que reconsiderasse a anulação do caso com prejuízo.

O caso em questão envolveu o disparo fatal durante as filmagens de “Rust”, no qual Alec Baldwin apontou uma arma na direção da diretora de fotografia Halyna Hutchins. O resultado foi a morte de Hutchins e ferimentos no diretor do filme. A Promotoria argumentou que Baldwin ignorou protocolos básicos de segurança e agiu de forma irresponsável no set. Porém, a defesa do ator alegou que não era sua responsabilidade verificar o conteúdo da arma, cabendo essa tarefa à armeira da produção.

O julgamento ocorreu em julho, mas foi abruptamente interrompido quando a juíza Mary Marlowe Sommer descobriu que a defesa não teve acesso a todas as evidências durante os interrogatórios. A supressão intencional e deliberada de evidências levou à anulação do julgamento, no qual Baldwin poderia enfrentar uma pena de até 18 meses de prisão se considerado culpado.

Os promotores argumentaram que as balas entregues à polícia depois do incidente eram “intangíveis ao caso contra o senhor Baldwin” e poderiam ter sido adquiridas em qualquer loja de armas após a morte de Hutchins. Além disso, a moção solicita uma explicação da defesa sobre como teve conhecimento das balas entregues à polícia, sugerindo a possibilidade de um registro para revisão por um tribunal superior.

Após a anulação com prejuízo, especialistas legais consideram improvável que Baldwin seja julgado novamente neste caso. No entanto, a discussão sobre as evidências suprimidas e a responsabilidade do ator no manuseio da arma continuam sendo pontos centrais do processo.

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