Situada a 23 quilômetros do centro de Brasília, a Flona permanece fechada para visitação pública, enquanto a operação denominada Flona Viva, liderada pelo ICMBio, tem como objetivo resfriar os pontos quentes e resgatar espécies da fauna afetadas pelo incêndio. Com cerca de 150 pessoas envolvidas na força-tarefa, além do apoio de uma aeronave e 35 viaturas, a equipe está monitorando a área do bioma Cerrado a fim de evitar novas queimas.
A Polícia Federal (PF) está encarregada das investigações criminais para descobrir as causas do incêndio, uma vez que se trata de uma área federal. O ICMBio informou que a Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais da Superintendência da PF no Distrito Federal abrirá um inquérito policial para apurar o ocorrido, apontando suspeitas de incêndio criminoso devido a três indivíduos vistos próximos ao local no momento do fogo.
As operações de resgate de fauna prosseguem na Floresta Nacional de Brasília, com equipes distribuindo alimentos e água para os animais afetados, resultando no resgate de uma jararaca e um rato silvestre. A jararaca encontra-se sob observação no centro de triagem da Flona de Brasília, enquanto o rato foi encaminhado ao Hospital de Fauna Silvestre do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para receber tratamento.
No ano de 2023, a Flona registrou 260 hectares queimados, em contraste com os 2.579 hectares incendiados em 2022. Medidas preventivas foram tomadas, como a criação de aceiros e queimadas controladas, além de ações educativas junto à população vizinha. A Flona de Brasília, com seus aproximadamente 5,6 mil hectares, é essencial para a preservação das nascentes de cursos d’água que abastecem o Distrito Federal. Com atrativos para o público, como trilhas e atividades ao ar livre, a Flona desempenha um papel fundamental na conservação da biodiversidade local.
