Manifestantes em 18 estados realizam atos em defesa da Amazônia e das populações atingidas por grandes empreendimentos e eventos climáticos extremos.

Nesta quinta-feira (5), em comemoração ao Dia da Amazônia, diversos movimentos sociais se uniram para realizar atos em todo o Brasil em defesa da região e das populações atingidas por grandes empreendimentos e eventos climáticos extremos. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) foi um dos protagonistas dessas mobilizações, que aconteceram em 18 estados, desde a Região Amazônica até o Rio Grande do Sul.

Na capital gaúcha, Porto Alegre, os manifestantes se concentraram no centro histórico e marcharam até a Praça da Matriz, reivindicando moradias para as pessoas afetadas pelas enchentes no estado. O protesto aconteceu exatamente um ano após as enchentes no Vale do Taquari, que deixaram mais de 40 mil desabrigados e mais de 3 mil residências destruídas.

Jenifer Tainá, da comunicação do MAB, destacou a importância do ato em defesa da Amazônia e dos direitos das populações afetadas. Cerca de 800 pessoas participaram da manifestação em Porto Alegre, que também incluiu uma reunião com o diretor de Habitação do Ministério Extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

Em Belo Horizonte, os manifestantes se reuniram em frente ao Tribunal Regional Federal da 6ª Região para lembrar os 9 anos do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. O objetivo era cobrar uma repactuação justa pelo crime socioambiental cometido pela mineradora Samarco (Vale e BHP), com a participação dos afetados. Além disso, uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas debateu a situação dessas pessoas.

O MAB ressaltou que as populações atingidas têm sofrido não apenas com os impactos dos grandes empreendimentos, mas também com a impunidade das empresas envolvidas. A organização também alertou para os efeitos das mudanças climáticas, que tornam essas comunidades ainda mais vulneráveis.

Em conjunto com mais de 200 organizações, redes e parlamentares, o MAB lançou um manifesto em defesa da Amazônia, denunciando a crise ambiental na região. O texto destaca a atuação de transnacionais do agronegócio, da mineração e da energia, que vêm contribuindo para a degradação do meio ambiente na região.

Diante do aumento dos focos de incêndio na região Amazônica e das consequências das mudanças climáticas, o MAB alerta para a urgência de mudanças no modelo econômico adotado, que prioriza o lucro em detrimento da preservação ambiental e do bem-estar das populações afetadas. A mobilização em defesa da Amazônia permanece como uma pauta urgente e essencial para garantir a sustentabilidade e a justiça social no Brasil.

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