MPRJ denuncia 58 policiais ativos e inativos nos seis primeiros meses de 2024, com bloqueio de R$303 milhões em contas investigadas.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) vem intensificando suas ações de combate ao crime organizado e à corrupção, denunciando um total de 58 policiais civis e militares, ativos e inativos, nos seis primeiros meses do ano de 2024. As denúncias foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e resultaram também no pedido de bloqueio de R$ 303,027 milhões das contas de pessoas envolvidas em crimes como tráfico de drogas, organização criminosa, milícia armada, pirâmide financeira e outras atividades ilícitas.

De acordo com informações divulgadas pelo MPRJ, foram oferecidas à Justiça 44 ações penais contra um total de 325 pessoas, incluindo 92 servidores e ex-servidores públicos, 29 policiais militares da ativa, 11 ex-policiais ou aposentados, 12 policiais civis, dois ex-policiais civis ou aposentados, um policial penal, três delegados de polícia, três ex-prefeitos, cinco ex-secretários municipais e mais 26 prestadores de serviços públicos. Durante esse período, o Gaeco deflagrou 42 operações para cumprir mandados judiciais.

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado destacou sua atuação em três frentes principais: combate às organizações criminosas, investigações financeiras e patrimoniais, além de ações voltadas para a repressão à corrupção envolvendo agentes públicos. Dentre as principais operações realizadas, destacam-se a ação contra a organização criminosa conhecida como Escritório do Crime, que resultou na condenação de dois irmãos pelo crime de homicídio qualificado.

Outro destaque foi a operação Petrorianos, que resultou na prisão de 20 pessoas, incluindo policiais militares, e na denúncia de 31 indivíduos por organização criminosa. Além disso, foi realizada a Operação Naufrágio, que resultou na prisão de 12 pessoas ligadas a uma milícia atuante na Comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, em Jacarepaguá, com a denúncia de 16 envolvidos por associação criminosa e extorsão.

A atuação conjunta do Gaeco, da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República resultou na prisão dos responsáveis pelos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, evidenciando o comprometimento das autoridades na busca pela justiça e pela punição de criminosos. A condenação de envolvidos em obstrução das investigações reforça a determinação das instituições em combater a impunidade e garantir a segurança da população.

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