As discussões entre o governo de esquerda do presidente Gustavo Petro e a Segunda Marquetalia foram iniciadas no final de junho na Venezuela, base de retaguarda dos rebeldes. Apesar do acordo de cessar-fogo unilateral e da promessa de uma reunião em Nariño antes de 20 de julho, o encontro não aconteceu.
Mendoza afirmou que a organização está pronta para fazer o processo avançar, mas criticou a falta de ação do governo em relação ao que foi decidido em Caracas. Ele ressaltou a preocupação com os mandados de prisão ainda em vigor para alguns membros do grupo.
A Segunda Marquetalia, que se estabeleceu em 12 regiões do país, lidera uma série de grupos rebeldes que se reorganizaram após rejeitarem o acordo de paz de 2016. Mendoza defendeu a organização como uma guerrilha política militar, não como traficantes de drogas, e destacou suas pautas em relação à terra e à violência no país.
O negociador-chefe reconheceu a boa vontade de Petro em buscar o fim do conflito armado que assola a Colômbia há décadas. No entanto, ele alertou que resolver o conflito interno nos dois anos restantes do mandato do presidente será impossível, exigindo ações concretas nos territórios para alcançar a paz total.
Em meio a críticas ao governo e a preocupações com a situação do país, a Segunda Marquetalia renovou seu apelo por um avanço nas negociações e uma abordagem mais ampla e eficaz para lidar com as causas estruturais da violência na Colômbia. Enquanto o país busca um acordo de paz até 2026, a facção dissidente permanece firme em sua busca por soluções reais e duradouras para a complexa realidade colombiana.