Seis horas após se desacoplar da estação, a Starliner deve pousar no White Sands Space Harbor, no Novo México, utilizando paraquedas para reduzir a velocidade. Caso haja atrasos devido ao clima ou problemas técnicos, o retorno pode ocorrer nos dias 10, 14 ou 18 de setembro.
Os oficiais da Nasa ainda não conseguiram identificar completamente a causa dos problemas no sistema de propulsão que surgiram em junho, quando a Starliner se aproximou da estação espacial. No entanto, eles expressam confiança na nave e acreditam que a viagem de volta será tranquila.
Em uma coletiva de imprensa, Steve Stich, gerente do programa de tripulação comercial da Nasa, ressaltou que a Starliner já teve pousos bem-sucedidos em voos de teste anteriores, sem tripulação a bordo. Ele enfatizou a confiança na segurança da espaçonave, apesar dos contratempos anteriores.
A decisão de manter os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore na estação espacial por mais cinco meses, optando por levá-los de volta na Crew Dragon da SpaceX, foi tomada por precaução e segurança. A nave será monitorada durante todo o processo de retorno e pousará no Novo México para análises adicionais.
Apesar dos desafios enfrentados no programa Starliner, a empresa Boeing garantiu à Nasa que continuará trabalhando na espaçonave. O futuro do programa permanece incerto, com a possibilidade de a Nasa solicitar outro teste de voo tripulado antes de considerar a Starliner pronta para transportar astronautas regularmente para a estação espacial.
Com um contrato de US$ 4,2 bilhões estabelecido com a Nasa, a Boeing enfrenta custos consideráveis caso seja necessário realizar mais testes e melhorias na Starliner. No entanto, a empresa está comprometida em cumprir os requisitos estabelecidos e garantir a segurança e eficiência da espaçonave para futuras missões.
