Relatório aponta que pelo menos 17 pessoas sofreram agressões sexuais por parte do abade Pierre, fundador da associação Emaús.

Após a divulgação de um relatório nesta sexta-feira (6), novas acusações de agressão sexual contra o abade Pierre, fundador da associação internacional de caridade Emaús, emergiram. De acordo com o relatório, pelo menos 17 pessoas adicionais teriam sido vítimas de abusos sexuais cometidos pelo abade Pierre, cujo nome verdadeiro era Henri Grouès.

O abade Pierre, apesar de ter sido um ícone da luta contra a exclusão e ter sido muito popular entre os franceses, viu sua imagem manchada pelas acusações de agressão sexual que surgiram inicialmente em julho. As primeiras acusações envolviam sete mulheres e variavam de assédio a supostos casos de estupro ao longo de décadas.

No entanto, o relatório do gabinete especializado do Egaé trouxe à tona novas denúncias, incluindo relatos que indicam a ocorrência de estupro. Segundo o documento, há pelo menos outras 17 pessoas que teriam sido vítimas de violência sexual por parte do abade Pierre.

As acusações mencionam diversos tipos de abuso, como toques não desejados nos seios, beijos forçados, sexo oral forçado, entre outros. Os incidentes teriam ocorrido em diferentes países, como França, Estados Unidos, Marrocos e Suíça, ao longo de várias décadas, desde os anos 1950 até os anos 2000.

As organizações relacionadas ao abade Pierre, como a Emaús e a “Abbé Pierre Foundation”, tomaram medidas para se distanciar do sacerdote e garantir apoio às vítimas. A Emaús declarou seu total apoio às vítimas e anunciou o fechamento definitivo do memorial ao abade em Esteville, norte da França. Além disso, a “Abbé Pierre Foundation” comunicou que mudará seu nome diante das revelações chocantes sobre o fundador.

A repercussão das acusações tem sido sentida na França, onde o abade Pierre era conhecido por seu trabalho de combate à pobreza. Os novos depoimentos e denúncias aumentam a gravidade do caso e lançam luz sobre um lado sombrio do legado de uma figura pública que foi reverenciada no país.

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