Mensalmente, são realizadas as contabilidades dessas operações e calculados dois indicadores principais: o resultado primário e o resultado nominal. O resultado primário demonstra o saldo entre o valor arrecadado e o valor gasto. Quando a arrecadação supera os gastos, temos um superávit primário; quando os gastos são maiores que a arrecadação, há um déficit primário.
Por outro lado, o resultado nominal leva em consideração não apenas os valores arrecadados e gastos, mas também as despesas com juros e os ganhos com a venda de títulos públicos. É por meio desses indicadores que se avalia a sustentabilidade das contas públicas e a capacidade do governo de arcar com suas despesas.
Especialistas ressaltam a importância de acompanhar os resultados tanto do resultado primário quanto do resultado nominal. Enquanto o primeiro indica a política fiscal adotada pelo governo, o segundo revela o volume de gastos com pagamento de juros, um fator crucial para a estabilidade da dívida pública.
Recentemente, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou o resultado das contas públicas de julho, indicando um déficit de R$ 9,283 bilhões, 75,3% menor que o mesmo período do ano anterior. Esse número reflete os gastos do governo central, principalmente com aposentadorias, pensões e outras despesas obrigatórias.
Em resumo, o acompanhamento e análise dos resultados das contas públicas são essenciais para compreender a situação econômica do país, a capacidade do governo de honrar seus compromissos e manter a estabilidade da dívida pública. A transparência e o rigor na gestão dessas contas são fundamentais para atrair investidores e garantir um ambiente econômico saudável e sustentável.