Repórter Recife – PE – Brasil

Brasil encerra Paralimpíada de Paris com recorde de pódios e melhor posição na história do evento: 5º lugar no quadro de medalhas.

O Brasil encerrou sua participação na Paralimpíada de Paris com uma marca histórica de 89 medalhas conquistadas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. A delegação brasileira conquistou o quinto lugar no quadro de medalhas do megaevento, um marco na história do país nesse tipo de competição. O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, atribui esse resultado ao planejamento estratégico adotado desde 2017 e à mudança de rumo na estratégia da entidade.

De acordo com Mizael, o plano anunciado em 2017 foi essencial para guiar os últimos oito anos e colocar a inclusão no centro do propósito do CPB. A mudança de lógica no desenvolvimento esportivo incluiu a criação de iniciativas como o Festival Paralímpico, a Escolinha Paralímpica e o Camping Escolar, que têm como objetivo incentivar a prática esportiva desde a base. A pandemia de COVID-19 acabou impactando o ciclo de formação de atletas, mas, com os bons resultados dos projetos existentes, a perspectiva é de um desempenho cada vez melhor no futuro.

O Brasil superou as expectativas do planejamento de 2017, que previa entre 75 e 90 medalhas em Paris. Além disso, a participação feminina foi destacada, com as mulheres sendo responsáveis pela maioria dos ouros brasileiros. O presidente do CPB ressaltou a importância de oportunizar e criar condições para que as atletas se destaquem, seguindo o exemplo de outros países como a China, onde as mulheres também dominaram o quadro de medalhas paralímpico.

O legado dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, também foi mencionado como um fator determinante para o crescimento do esporte paralímpico no Brasil. A realização do megaevento no país proporcionou a construção de estruturas importantes, como o Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo. No entanto, o presidente do CPB alertou para a necessidade de manutenção dessas estruturas e a ampliação de infraestrutura esportiva em todo o país. A preocupação é que as instalações construídas para os Jogos do Rio comecem a se deteriorar, o que poderia prejudicar o desenvolvimento dos atletas paralímpicos no Brasil.

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