Desencadeado na quinta-feira passada, o fogo ainda não teve sua causa identificada, o que sugere a possibilidade de ter sido criminoso. Em uma nota divulgada ontem (7), a chefia do parque relatou a mobilização de equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do PrevFogo (ligado ao Ibama) e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás para combater as chamas, reforçando com a possível chegada de duas aeronaves ao local, embora essa informação não tenha sido confirmada até o momento.
Neste contexto, um grupo coordenado pelo Polo de EcoCiências do Cerrado promoveu um mutirão para avaliação das RPPNs Campo Úmido Voshysias e Murundu, que foram afetadas pelo incêndio e demandam a identificação e retirada de espécies invasoras. Além disso, a rede de combate ao fogo conta com o apoio da Rede Contrafogo e do Instituto Biorregional do Cerrado, que têm atuado de maneira estratégica para controlar a propagação das chamas.
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é uma importante área de preservação do Cerrado, bioma conhecido como “berço das águas”. Apesar disso, o local tem sido alvo de uma crescente ameaça, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que registraram quase 50 mil focos de queimadas somente neste ano na região, colocando em risco a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.
A Agência Brasil buscou contato com as autoridades competentes para obter mais informações sobre a situação, porém, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno. A comunidade local demonstrou preocupação e críticas à gestão municipal diante dos impactos causados pelo incêndio, reforçando a importância de ações efetivas para proteção do meio ambiente e prevenção de novos desastres.
