Presidente do México nega que reforma do Judiciário seja uma “demolição” após críticas da Suprema Corte

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, reagiu às acusações da presidente da Suprema Corte de Justiça, Norma Piña, sobre a polêmica reforma proposta por seu governo. Em sua habitual coletiva de imprensa, López Obrador negou veementemente que a reforma seja uma tentativa de “demolição” do Poder Judiciário, como afirmou Piña.

Segundo o presidente mexicano, a presidente da Suprema Corte está no seu direito de se opor à reforma, mas enfatizou que há corrupção imperando no Poder Judiciário e é urgente realizar uma limpeza para o benefício de todos. Ele rebateu a afirmação de Piña de que a eleição popular de juízes e ministros afetaria a independência dos juízes e facilitaria o envolvimento de grupos de poder e de crime organizado.

A reforma proposta pelo governo de López Obrador já foi aprovada na Câmara dos Deputados, em meio a protestos maciços, especialmente de trabalhadores do Judiciário e estudantes. A presidente da Suprema Corte consultou seus colegas para saber se o tribunal tem competência para barrar a reforma, e a iniciativa está aguardando votação no Senado.

O governo necessita de 86 votos no Senado para aprovar reformas constitucionais, mas o líder do Senado afirmou que 85 votos seriam suficientes. A desvalorização do peso frente ao dólar tem preocupado investidores, que temem os impactos da reforma no mercado financeiro.

López Obrador declarou que os movimentos na moeda são causados principalmente por fatores externos e não pelo receio dos mercados em relação à reforma judicial. O presidente está confiante na aprovação da reforma e defende que a limpeza do Poder Judiciário é necessária para construir um sistema mais justo e transparente no México.

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