Descoberto no início de 2023 pelo Observatório Astronômico Zijinshan, também conhecido como Montanha Púrpura, e pelo telescópio Atlas na África do Sul, o cometa é composto por uma mistura de poeira, pedras, gelo e gases.
O astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, destaca que, até a última semana de setembro, o cometa estará muito próximo do Sol, o que dificultará sua observação, devido ao brilho intenso da estrela central do nosso Sistema Solar.
No entanto, a partir do dia 22 de setembro, o cometa poderá ser avistado ao amanhecer, retornando a se aproximar do Sol entre os dias 7 e 11 de outubro e afastando-se em seguida. A partir desse momento, o cometa ficará visível logo após o pôr do sol.
O periélio, momento de maior proximidade com o Sol, está previsto para 27 de setembro, a uma distância de aproximadamente 58,5 milhões de quilômetros da Terra. Já a maior aproximação com nosso planeta ocorrerá em 13 de outubro, a uma distância de cerca de 70,7 milhões de quilômetros.
Não é possível garantir que o cometa será visível a olho nu, pois a intensidade de seu brilho pode variar. Por isso, pode ser necessário o uso de binóculos ou telescópios. Para observá-lo, os interessados devem procurar o horizonte oeste, na direção do pôr do sol.
Segundo Monteiro, o desafio será encontrar um local com o horizonte oeste desobstruído, pois o cometa estará baixo no céu, a uma altura de até 30 graus. O Cometa do Século promete alcançar uma magnitude de até -3, o que indica grande luminosidade.
O evento está registrado no guia de fenômenos astronômicos do Observatório do Valongo da UFRJ, que também oferece informações sobre eclipses, planetas e chuvas de meteoros. A observação desse cometa promete ser um espetáculo único para os apaixonados por astronomia.