A dificuldade de cumprir os critérios exigidos para ter acesso a esses fundos tem sido um obstáculo para muitos países em desenvolvimento. Nesse sentido, o Brasil tem buscado influenciar mudanças que tornem o acesso mais simples e eficiente, contando com o apoio do G20 para impulsionar essa transformação.
O coordenador do grupo, Ivan Oliveira, destacou a importância da agenda de reforma dos principais fundos climáticos e ambientais do mundo, ressaltando o potencial de destravar o sistema para que os recursos alocados possam beneficiar os países que mais necessitam. Esse esforço está alinhado com a política externa do presidente Lula, que preza pela solidariedade e sustentabilidade.
Ao longo dos trabalhos do Grupo de Trabalho Finanças Sustentáveis, foi possível avançar nas áreas prioritárias propostas pela presidência brasileira, incluindo a facilitação de acesso aos fundos, princípios para uma transição justa, reportes de sustentabilidade e instrumentos financeiros para soluções baseadas na natureza. A chefe adjunta do Departamento de Relações Internacionais do Banco Central do Brasil, Cyntia Azevedo, ressaltou a importância de garantir a transparência e veracidade das informações relacionadas à sustentabilidade, a fim de evitar “greenwashing”.
A próxima reunião do G20, voltada para Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais, está marcada para acontecer em Washington DC, Estados Unidos, como parte dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, em outubro. Este encontro irá representar mais uma oportunidade para avançar nas discussões e ações em prol de finanças sustentáveis e do combate às mudanças climáticas.