Em comparação com os meses anteriores, o IPCA havia registrado uma inflação de 0,38% em julho deste ano e de 0,23% em agosto do ano passado. Com esse último resultado, o IPCA acumula uma taxa de 2,85% no ano, permanecendo abaixo do teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
A deflação em agosto foi impulsionada principalmente pelos alimentos, que apresentaram uma queda de 0,44%, e pelo grupo de despesas habitação, que recuou 0,51%. O destaque foi para a alimentação no domicílio, que teve uma queda de preços significativa em itens como batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%), e cebola (-16,85%).
Além disso, a deflação também foi observada no grupo de habitação, influenciada principalmente pela redução nos preços da energia elétrica (-2,77%). Por outro lado, os transportes não apresentaram variação de preços no último mês, enquanto seis grupos de despesas registraram inflação, incluindo artigos de residência (0,74%), vestuário (0,39%), saúde e cuidados pessoais (0,25%), despesas pessoais (0,25%), educação (0,73%), e comunicação (0,10%).
Com base nos dados divulgados pelo IBGE, a economia brasileira mostra sinais de estabilidade nos preços, refletindo o cenário atual de recuperação econômica após os impactos da pandemia. Esta deflação inesperada em agosto pode representar um alívio para o bolso do consumidor, mas é importante aguardar o comportamento dos índices nos próximos meses para compreender melhor a trajetória da inflação no país.