Segundo a Senatran, a falta de habilitação para a categoria pode ser justificada por diversos fatores, como o custo acessível dos veículos, o crescimento de negócios com veículos compartilhados, o aluguel de motocicletas, e a dificuldade de acesso à CNH por parte da população. Além disso, a expansão das áreas urbanas e a necessidade de transporte individual em regiões com infraestrutura limitada contribuem para o alto número de proprietários de motocicletas sem habilitação.
O estudo também destacou que os homens representam 80% dos proprietários de motocicletas, sendo a maioria na faixa etária de 40 a 49 anos, seguida pelos de 50 a 59 anos. Já entre os que possuem habilitação, a maioria está na faixa etária de 30 a 39 anos.
Em relação à frota de motocicletas no país, os dados apontam que esses veículos representam atualmente 28% do total, com a expectativa de que esse percentual alcance 30% em seis anos. O estado do Maranhão lidera o ranking, com 60% do total da frota de motocicletas, seguido pelo Piauí, Pará, Acre e Rondônia.
Outro ponto abordado no estudo são as infrações cometidas por motociclistas. Após uma queda devido à pandemia de covid-19, o número de multas emitidas aumentou, sendo mais de 80% relacionadas à não utilização de equipamentos de segurança, como capacete. A Organização Mundial da Saúde destaca a importância do uso do capacete para reduzir o risco de morte e lesões graves na cabeça.
Em relação aos acidentes de trânsito, as motocicletas respondem por pelo menos 25% dos sinistros e mais de 30% das fatalidades. O estudo ressalta a necessidade de políticas públicas e estratégias de mobilidade para promover um trânsito mais seguro para todos os condutores, especialmente os de motocicletas, motonetas e ciclomotores.